Que tipo de segurança estamos recebendo do Estado, se um preso foge facilmente de um hospital público?
Ninguém engoliu a história do detento de alta periculosidade que fugiu do hospital Nereu Ramos, onde estava em tratamento de saúde. Nas redes sociais, nas rodas de bate-papo, por e-mail ou mensagens SMS, a indignação é geral. Que tipo de segurança pública estamos recebendo do Estado, se um preso fica num hospital com proteção precária? E esse é apenas um dos casos que nos inquietam. A sequência de homicídios e assaltos na Grande Florianópolis, seja a residências ou pequenos comércios, assim como o roubo descarado de automóveis, é a demonstração cada vez mais clara de que estamos perdendo a guerra contra a violência. Está certo que o atual governo tem se esforçado em melhorar essa questão, porque estamos pagando o preço da omissão estatal dos últimos oito anos. Mas não podemos mais esperar. Deu. Já é tempo de merecermos a tranquilidade, a paz e a segurança que a Constituição nos assegura. Não é para isso que pagamos impostos? Não é isso que esperamos do Estado?
Força extra
Nunca será demais perguntar: por que a Polícia Militar invade as ruas da cidade, com o peso da sua estrutura repressiva, para combater estudantes que protestam contra a elevação das tarifas de ônibus? Por que não vemos a mesma força atuando para livrar nossas ruas dos bandidos?
Malas de fora
Uma simples passada de olhos pelo noticiário confirma: muitos bandidos que agem em Florianópolis vêm de outros Estados para praticar crimes como assaltos, sequestros e roubos em caixas eletrônicos. Dois deles, presos no domingo (1º), instalaram equipamentos de “pescaria” de depósitos em vários caixas da Capital. São naturais de Brasília (DF).